2ª edição do LALA UNDER, no Agulha, transborda música boa, descontração e novidade

O festival organizado pelo curso de Produção Fonográfica da UNISINOS mistorou gêneros e não deixou faltar qualidade. Contando com Edu Meirelles, Nick Mendes, Demasiada Presión, Flanelas Desbotadas, Charlie Dodge e DJ DAWMATA no line-up, a noite poderia facilmente ter ido até o fim da madrugada.


Na noite de quarta-feira, dia 25 de maio, por volta das 18h, o público começava a chegar no Agulha, um dos espaços favoritos da cena musical de Porto Alegre para shows. Tal espaço foi escolhido para, pela segunda vez (e a primeira desde 2019), sediar o LALA UNDER, festival apresentado em parceria com o curso Tecnólogo de Produção Fonográfica / UNISINOS.


O festival organizado por alunos do curso e pelo professor e músico, Frank Jorge, com a intenção de apresentar novas bandas do cenário portoalegrense e assim, renovar rostos e repertórios.

Nessa edição, em especial, também fazia parte da pauta da noite celebrar os 15 anos do Curso Tecnólogo de Produção Fonográfica / UNISINOS, que vem buscando contribuir na indústria criativa através de uma formação diversa e atenta de profissionais para a área da música.

A noite fria não espantou a audiência, que já era boa por volta das 19h, enquanto DJ DAWMATA tocava um set recheado de beats autorais, com timbres únicos e ritmo irresistível.

O público já era maior quando Charlie Dodge subiu no palco e lançou os primeiros acordes de guitarra da noite. O cantor e compositor esquentou o público com um setlist diversificado, introspectivo e muito bem tocado. A vibe do show trouxe uma atmosfera que remete a atos talvez menos conhecidos, mas excelentes, dos anos 90, como Jeff Buckley e Portishead. Nem o cover de “As It Was”, de Harry Styles, fugiu ao estilo da banda, que tocou uma releitura dançante, porém rockeira, do hit.

O rock se manteve no palco com o show do Flanelas Desbotadas, que tocou um setlist enérgico recheado de canções autorais. Em sua maioria, disponíveis nas plataformas de streaming, a banda trocava de instrumentos, e passava o vocal de um membro para o outro, com facilidade admirável.

Foi no show de Nick Mendes que o clima mais intimista se instaurou, trazendo o público da casa para mais próximo do palco. O art pop do cantor, compositor e produtor mostrou versatilidade, enquanto o setlist ia de baladas carregadas pelo piano à faixas em que toda a banda explodia. O artista performou diversas faixas de seu álbum debut, “Moonchild” (2019), e encerrou a performance com seu single mais recente, “My Holy One”.

Do pop, fomos ao jazz, com a banda do baixista Edu Meirelles. Em sintonia perfeita de baixo, bateria, teclado e saxofone, a banda tocou, com a precisão de um relógio, diversas faixas dos últimos trabalhos do artista.

O encerramento do evento ficou por conta do grupo Demasiada Presión, que não deixou a noite se encerrar sem energia, trazendo ritmo e muita dinâmica musical para o palco.

Ao público, fica a expectativa pelas próximas edições do festival, que já está criando tradição e reputação por reunir talento e diversidade.

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